quinta-feira, janeiro 20, 2005

Sons sem sono

Aqui estou eu
Como um sapato sem sola
Uma corda sem viola
Farto de andar a dedilhar
Músicas que não fazem dançar

Não sei se sou um vadio
Por andar a correr pelo rio
Pela razão das estradas serem turvas
O perigo que espreita em todas as curvas

Sou aquele ser humano
O negro, o branco, o indiano
Que não conhece credo ou cor
Atirando-se para a gaveta que guarda o amor

A minha companhia é um guarda chuva
Que não espera por um raio de sol
Está velho como uma passa de uva
Será meu amigo até escutar o rouxinol

Para onde vou eu
Com tão poucas palavras
Um bilhete para a terra do céu
Que neste inferno a mente lavra

3 comentários:

CPC disse...

Para onde vais com tão poucas palavras não sei, mas que vais longe com o tanto significado que lhes dás, isso sem dúvida!

Eduardo Franco disse...

Obrigado pelas tuas palavras CPC e bom vermos o nosso trabalho reconhecido.Beijos.

Anónimo disse...

Venho com o passaporte na mao, segura de viajar por todo recanto deste teu mundo, que na leitura torna-se tambem nossa. Grata pelo privilegio, amigo.

Seguem as palavras...

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